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Equipamento deverá reduzir em 40% atrasos ou cancelamentos no Salgado Filho

A instalação de um equipamento para operações do aeroporto em dias de nevoeiro poderá reduzir em 40% os atrasos e cancelamentos no Salgado Filho. A garantia foi dada pelo superintendente da Infraero na Região Sul, Carlos Alberto Souza.

Atualmente, o aeroporto tem a versão 1 do Instrument Landing System (ILS 1), sistema que fornece informações para o piloto pousar ou decolar em condições adversas de tempo. Se já tivesse o ILS 2 funcionando na sexta-feira passada, por exemplo, quando o terminal ficou fechado para pousos durante 6,5 horas pela manhã, o Salgado Filho estaria parado por quatro horas. Em outra comparação, em maio do ano passado, ficou 19 horas fechado, principalmente em razão do nevoeiro. Caso o ILS 2 já estivesse no ar, teria ficado 11 horas sem operações.

Souza explica que o sistema possibilitará que o Salgado Filho permaneça aberto por mais tempo enquanto houver nevoeiro, reduzindo a quantidade de passageiros prejudicados:

"“ Teremos um ganho significativo de operações em relação ao ILS 1 (sistema atual). Mesmo sob nevoeiro, haverá o equivalente a 40% dos voos que deixarão de ser afetados.

Anunciada há mais de 15 anos, a instalação do ILS 2 deve estar concluída em setembro. A Infraero, estatal que administra o aeroporto, assegura que o cronograma está sendo cumprido. A expectativa é que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) homologue o equipamento até janeiro de 2014. No ano passado, o aeroporto passou mais de 73 horas sem condições de operar.

Enquanto a névoa estiver em sua formação mais densa, as operações no Salgado Filho ficarão suspensas. Atualmente, o aeroporto conta com a versão básica do equipamento, que exige do piloto uma visibilidade horizontal de 800 metros até a pista. O ILS 2 exige metade desta distância. Há ainda uma terceira versão, que permite pouso sem nenhuma visibilidade e é usado em Londres e Nova York, por exemplo.

Técnica da Somar Meteorologia, Patrícia Vieira explica que as condições meteorológicas no aeroporto Salgado Filho são afetadas pela alta umidade no local e a baixa temperatura nos meses mais frios, combinação que favorece a formação de nevoeiro. A especialista diz, entretanto, que a condição é a mesma de aeroportos como Curitiba e Guarulhos, que têm o ILS 2.

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