A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (“GOL” ou “Companhia”) (B3: GOLL4 e NYSE: GOL), a maior Companhia aérea doméstica do Brasil, anunciou hoje o resultado consolidado do quarto trimestre de 2021 (4T21) e do ano de 2021, e detalhou suas iniciativas contínuas em resposta à retomada da demanda por viagens aéreas no Brasil.
Todas as informações são apresentadas em Reais (R$), de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS) e com métricas ajustadas e estão disponibilizadas para possibilitar a comparabilidade nesse trimestre com o mesmo período do ano anterior (4T20). Indicadores ajustados excluem os gastos relacionados ao percentual da frota não operacional mantida em solo nesse período.
“Em 2021, com o propósito de ‘ser a primeira para todos’, fizemos progressos significativos em diversos indicadores de sucesso, derivados de nosso modelo de negócios vencedor, de nossa frota flexível e altamente eficiente com um único tipo de aeronave, e da experiência ao Cliente que proporcionamos, o que reforça a preferência por nossa marca”, disse Paulo Kakinoff, CEO. “Tudo o que conquistamos durante a pandemia só foi possível pela confiança que obtivemos do nosso incansável e competentíssimo Time de Águias, e dos nossos Clientes, fornecedores e investidores”.
“Para 2022, manteremos foco na transformação da frota para o 737-MAX. Prevemos que até o final do ano estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total. Como consequência deste processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no custo unitário (CASK),”, acrescentou Kakinoff.
Sumário dos Resultados do 4T21
• O número de Passageiro Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 16,6% em relação ao 4T20, e atingiu 67,3% do observado no 4T19. O RPK de dez/21 foi 74,3% do registrado em dez/19;
• O total de Assento Quilômetro Ofertado (ASK) cresceu 14,5% versus o 4T20, e alcançou 66,5% do 4T19. O ASK de dez/21 foi 74,5% do registrado em dez/19;
• Nesse trimestre, a GOL transportou cerca de 6,5 milhões de Clientes, um aumento de 26,1% em relação ao 4T20, e registrou 67,9% do observado no mesmo período em 2019. Em dezembro/21, foram transportados 2,5 milhões de Clientes, 72,2% do realizado em dez/19;
• A taxa de ocupação média das aeronaves (load factor) foi de 82,6%, um aumento de 1,5 p.p. em relação ao 4T20. Essas elevadas taxas de ocupação resultam da eficiente gestão de capacidade da GOL, suportada por ferramentas proprietárias de data analytics;
• A utilização das aeronaves foi de 11,5 horas por dia no 4T21, um ganho significativo de produtividade de 29,2% na comparação anual;
• A Receita Líquida foi de R$2,9 bilhões no 4T21, 54,5% superior ao 4T20 e a maior desde o início da pandemia. Cerca de 3,9% desse montante foi originado no negócio de cargas (GOLLOG) e no programa de fidelidade (Smiles);
• A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de R$33,15, maior em 34,9% versus o 4T20 e 15,5% maior em relação ao 4T19;
• O yield médio por passageiro no 4T21 alcançou R$38,58, um aumento de 40% na comparação com o 4T20 e maior em 16,3% versus o 4T19. Esse aumento é resultante da excelência na otimização do inventário de assentos da Companhia, pós integração completa da Smiles e investimentos em processos, tecnologia e sistemas de TI;
• O Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) ajustado foi de R$23,43, um aumento de 16,8%, fortemente influenciado pelo CASK combustível que aumentou 81,5%. O custo estritamente relacionado à frota operacional (CASK Ex-Fuel Ajustado) no período foi de R$11,92, representando uma redução de 13,1% em relação ao 4T20;
• O EBIT ajustado foi de R$856,6 milhões com margem alcançando 29.3%, 11.0 p.p. acima do 4T20 e 4,2 p.p. inferior ao 4T19, à medida em que a demanda prosseguiu sua tendência de retomada;
• O EBITDA ajustado atingiu R$1,052 milhões, equivalente a uma margem de 36,0% e 6.5 p.p. acima do 4T20, também evidenciando os bem-sucedidos esforços da Companhia para equilibrar oferta com demanda;
• O Prejuízo Líquido foi de R$682,1 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes, ganhos relacionados ao Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls;
• A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos anuais de arrendamentos e excluindo bônus perpétuos) sobre o EBITDA ajustado UDM foi de 9,7x em 31/12/2021; e
• A geração de caixa operacional, líquida, foi R$6,3 milhões/dia, incluindo entradas e saídas operacionais e pagamentos de arrendamento. Ao final do trimestre, incluindo os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da Companhia eram de aproximadamente R$5,7 bilhões.
Comentários da Administração sobre os Resultados
Os resultados da GOL refletem o capital social que ela acumulou ao longo de duas décadas de colaboração com seus Clientes, Colaboradores, fornecedores e investidores.
Crescimento da demanda e das vendas com foco em margens
A GOL está totalmente comprometida com a expansão criteriosa de suas operações para atender à crescente demanda por viagens aéreas, mantendo seus custos controlados e capturando eficiências operacionais. As vendas brutas consolidadas da Companhia cresceram para R$4,0 bilhões no 4T21, 1,1% superior ao observado no mesmo período em 2019. A média diária de vendas foi de R$43,8 milhões, 59,6% e 63,3% acima do 3T21 e do 4T20, respectivamente.
A GOL inaugurou dois novos destinos domésticos no 4T21: Bonito/MS (BYO), o famoso destino para ecoturismo nacional, a partir de Congonhas/SP (CGH); e Pelotas (PET), no interior gaúcho, partindo de Guarulhos/SP (GRU). Em novembro, a Companhia retornou as operações para Montevidéu (MVD), Punta Cana (PUJ) e Cancún (CUN). A partir de dezembro, a GOL reativou os voos para Cabo-Frio (CFB), no litoral fluminense e destinos internacionais Buenos Aires (AEP), na Argentina, e Paramaribo (PBM), no Suriname.
“Atendemos à atual retomada da demanda por viagens no trimestre com a nossa imutável disciplina na gestão da capacidade e dos yields, que superaram os patamares de 2019. Nós tivemos o melhor resultado trimestral desde o início da pandemia, atingindo 36% de margem EBITDA ajustada. A taxa de ocupação (82,6%) e a utilização de aeronaves (11,5 horas bloco/dia) melhoraram respectivamente 1,5 p.p. e 29,2% em relação ao 4T20, enquanto o número de voos diários aumentou de 403 para 492 dentro do trimestre. Continuamos bem-posicionados para capturar o retorno contínuo dos passageiros de negócios com eficiência,” disse Kakinoff.
Aceleração da transição para uma frota 737 MAX e sustentabilidade ambiental
A Companhia está acelerando sua transição para o 737-MAX, que representará 30% da sua frota total até o final de 2022. A GOL fechou uma operação de até US$600 milhões para financiar 100% da aquisição de 12 novas aeronaves 737 MAX 8 (10 arrendamentos financeiros e dois sale-leasebacks), e para gerar linhas de créditos adicionais para sustentar a devolução das aeronaves 737 NGs.
“A aceleração na transformação de nossa frota para o 737 MAX nos posiciona de forma mais competitiva para crescer com maior flexibilidade na gestão de nossa capacidade, além de possibilitar a expansão de rotas e destinos, o que nos garantirá alta eficiência no atendimento às oscilações na demanda por viagens. O MAX é também um componente chave na nossa meta para atingir a neutralidade de carbono até 2050, já que essa aeronave consome 15% menos combustível, produz 16% menos emissões de carbono e 40% menos ruído, e possui maior alcance de voo do que o modelo NG,” destacou Celso Ferrer, Diretor Vice-Presidente de Operações.
Como resultado dessa aceleração, a Companhia revisou sua previsão dos custos associados à devolução de seus 737-NGs. Considerando as condições e projeções atuais, a GOL registrou uma provisão não recorrente e sem efeito caixa de R$1,6 bilhão no resultado do trimestre, referente às devoluções contratuais de 737 NGs que ocorrerão até 2026. A Companhia obterá uma redução na idade média de sua frota em mais de três anos e uma diminuição de aproximadamente 8% nos seus custos unitários. Como efeito desta aceleração na modernização da frota atual, a GOL necessitará de poucas extensões contratuais, terá maior previsibilidade na execução de seu cronograma de devoluções de aeronaves 737 NGs, e obterá redução gradual nas despesas de manutenção nos próximos anos.
“Estamos em uma posição vantajosa para otimizar nossa estrutura de capital por meio de diversos acessos a fontes de financiamento disponíveis via agências de crédito de exportação, mercado de capitais, e arrendamentos operacionais e financeiros. Nós estamos aumentando o valor da Companhia para todos os stakeholders por meio de ganhos de eficiência que alcançaremos,” disse Richard Lark, Diretor Vice-Presidente Financeiro.
Gestão da liquidez e da estrutura de capital
A liquidez da GOL alcançou R$3,7 bilhões ao final do 4T21. Após o refinanciamento de R$1,2 bilhão de dívidas de curto prazo, anunciado em outubro passado, a Companhia encerra o ano de 2021 com R$635 milhões de dívida de curto prazo, o menor nível em quatro anos. A GOL não possui amortizações significativas de dívidas nos próximos doze meses, e tem financiamentos de longo prazo suficientes para a aquisição de novas aeronaves 737 MAX, parte relevante do plano de transformação de frota.
“Embora tenhamos passado por mais um ano desafiador, fomos capazes de honrar totalmente nossos compromissos com o mercado global de capitais e amortizar R$525 milhões em obrigações de arrendamentos com os lessores, um montante 91,4% superior ao volume do 4T20, alcançando a menor alavancagem entre os nossos pares na indústria, e nossos fornecedores tem continuado a trabalhar construtivamente nesse período de dois anos de liquidez significativamente reduzida.” concluiu Richard Lark.
Experiência do Cliente
As ações da GOL durante o 4T21 fortaleceram suas vantagens competitivas e melhoraram sua posição como marca de confiança. A Companhia foi a vencedora do prêmio Top of Mind da Folha pelo quinto ano consecutivo, ou seja, foi mais uma vez a aérea mais lembrada pelas pessoas na pesquisa realizada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Em 15 de Janeiro de 2022, a GOL completou 21 anos de atuação no mercado, e desde a sua fundação transportou mais de 480 milhões de passageiros em mais de 4,3 milhões de voos para destinos no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. Ao longo destes 21 anos de operações, a Companhia contribuiu de maneira pioneira com a democratização do transporte aéreo no Brasil e, por meio do seu modelo de negócio eficiente de baixo custo e da adoção de iniciativas estratégicas nos momentos oportunos, tornou-se o líder no mercado doméstico.
“Nossas inovações desde 2001 posicionam a GOL como a melhor empresa para viajar, trabalhar e investir. Hoje, junto com o nosso DNA tecnológico de inovação, nosso modelo de baixo custo é potencializado e reconhecido como referência dentro da indústria,” comentou Eduardo Bernardes, Diretor Vice-Presidente de Vendas, Marketing e Clientes.
Programa de Fidelidade (Smiles)
O faturamento bruto da Smiles atingiu R$843 milhões no 4T21, um crescimento de 27,4% e 52,3% em relação aos 4T19 e 4T20, respectivamente. As milhas acumuladas no programa somaram 39,3 bilhões, um aumento de 34,6% e 56,4% em comparação aos 4T19 e 4T20, respectivamente, demonstrando o forte engajamento dos seus parceiros e a crescente participação desses no programa de milhagem.
Os benefícios econômicos oriundos da reincorporação da Smiles, estimados em R$5 bilhões ao longo dos próximos 10 anos já estão sendo capturados pela Companhia. Isso inclui a gestão unificada e dinâmica dos yields e do inventário.
“A gestão integrada de receitas aumentou os volumes de resgates da Smiles. Desde que realinhamos a gestão de inventário no final de junho, a tarifa média dos resgates de nossos Clientes cresceu. Isso melhorou a margem de resgate em cerca de 15% e as margens consolidadas da GOL em cerca de 200 pontos base”, comentou Carla Fonseca, Vice-Presidente da Smiles.
Iniciativas ESG
A GOL tem investido em diversas iniciativas para reduzir seus impactos ambientais, com destaque para a gestão das emissões de gases de efeito estufa. A Companhia foi a primeira empresa aérea da América Latina a assumir o compromisso de atingir zero emissões líquidas de CO2 até 2050. Como resultado a GOL recebeu em outubro, pontuação máxima no levantamento ESG realizado pela Revista Exame, tornando-se destaque em relação aos seus pares no setor de Transportes, Serviços e Logística.
Como parte de seu compromisso em atingir os objetivos ambientais, a GOL lançou mais uma rota carbono zero, no trecho Bonito (MS) para Congonhas (CGH), novamente em parceria com a Moss, assim como previamente feito na rota de Fernando de Noronha-Recife. Além disso, a Companhia iniciou a aceleração da transformação 4/6 da sua frota para o 737-MAX, que produz 16% menos emissões de carbono quando comparado com o modelo 737-NG.
No ano de 2021, a GOL ultrapassou 33 mil horas de voo com o 737-MAX, contribuindo com uma economia de 16,2 milhões de litros de querosene de aviação e a redução de mais de 40,6 mil toneladas de emissão de GEEs (gases de efeito estufa).
Informações Ambientais, Sociais e de Governança (“ESG”)
A GOL busca ser líder mundial na transformação da aviação mais sustentável. A Companhia lançou uma nova seção Environmental, Social and Governance em seu site de relações com investidores, incluindo informações detalhadas de métricas SASB e TCFD, e uma subseção específica para projeções. O conteúdo do novo website está alinhado com o comprometimento da GOL em melhorar a sustentabilidade de seus negócios por meio de uma sólida governança corporativa, sempre com o propósito de ser a primeira para todos os Colaboradores e Clientes, promovendo inclusão e acessibilidade, e alcançando emissões líquidas zero de carbono em 2050.
Desde 2010, a GOL prepara relatórios anuais de sustentabilidade com base nas diretrizes da Global Reporting Initiative, um padrão internacional para relatar o desempenho ambiental, social e econômico. Ao adotar esses parâmetros e fornecer dados relacionados ao público, a Companhia está reforçando sua responsabilidade com as diversas partes interessadas, com transparência e credibilidade. Entre as iniciativas da GOL estão sua adesão voluntária, desde 2016, à Coalizão de Liderança em Precificação de Carbono, que é uma iniciativa global para precificar as emissões, bem como várias campanhas e associações dedicadas a promover as melhores práticas ESG tanto no setor de aviação quanto na economia em geral. A Companhia também mantém iniciativas sociais relacionadas à sua força de trabalho, satisfação e segurança dos Clientes, bem como iniciativas de governança por meio de lideranças, comitês, políticas e assembleias de acionistas.
A GOL implementou melhorias significativas em termos de divulgação das ações de sustentabilidade da Companhia, fornecendo mais informações ESG para investidores e espera com isso motivar a indústria de transporte aéreo como um todo a enfrentar questões ambientais, sociais e de governança, para torná-la mais sustentável e transparente.
A Companhia convida os gestores de fundos de investimento orientados para ESG a rever as ações de sustentabilidade da GOL e a filosofia de reporting, em seu site de relações com investidores.