AEROLÍNEAS

Investimento global é uma garantia de sobrevivência, diz CEO da Etihad

O investimento feito no ano passado pela Etihad Airways na Alitalia revitalizou a companhia aérea nacional da Itália, e colocou-a em um novo curso para a lucratividade sustentável, disse hoje o presidente e CEO da Etihad Airways, James Hogan.

Hogan participou de uma mesa redonda em um evento anual de prestígio realizado na histórica cidade italiana de Rimini, para discutir questões de importância cultural e econômica para a Itália.

Abordando o segmento intitulado «Apostando e Investindo na Itália», Hogan disse: «A Alitalia é uma empresa com uma grande história e reconhecimento de marca global, mas ao longo de muitos anos a empresa se perdeu e se tornou um negócio questionável».

Cenário – A Etihad Airways investiu 560 milhões de euros em um negócio de vários níveis, compreendendo uma participação de capital de 49% na Alitalia; uma participação de 75% no programa de fidelidade da Alitalia, o MilleMiglia; a compra e a relocação de cinco pares de slots de entrada e saída da Alitalia no Aeroporto de Heathrow, em Londres; e empréstimos de acionistas para reduzir os passivos financeiros imediatos da Alitalia. O compromisso da Etihad foi a maior parte de um investimento mais amplo com outros públicos de interesse, que totalizou 860 milhões de euros.

«A aviação é uma indústria global, não local», disse Hogan. «Como tantas outras indústrias, a aviação deveria ter acesso a fundos de investimento globais, a fim de obter o capital necessário para crescer de forma eficiente e manter a competitividade.

«O investimento global não é uma ameaça», disse ele. «É uma garantia de sobrevivência e uma fonte de energia que só traz benefícios para a aviação europeia, as economias europeias e os empregos europeus».

Hogan disse que o investimento da Etihad Airways na Alitalia foi uma maneira eficaz, em termos de custos, para ambas as companhias aéreas progredirem, ao mesmo tempo em que oferecem mais opções e melhor qualidade aos consumidores.

«Não vamos esquecer que ninguém mais quis investir na Alitalia», disse Hogan. «Mas nós vemos um grande futuro para a companhia aérea e estamos comprometidos a trabalhar com outros acionistas e com a Alitalia para ajudar a reconstruí-la como uma marca Premium e um negócio rentável".

«Uma Alitalia sólida é essencial para a Itália», disse ele. «Sem a Alitalia, as conectividades aéreas para, de e no interior do país sofreriam reduções drásticas e ficaram nas mãos de outras empresas que não possuem o mesmo compromisso com a Itália ou os italianos».

Hogan disse que, como um acionista estratégico, a Etihad Airways precisava ver um retorno sobre seu investimento, e, em conjunto com a administração da Alitalia, definiu um cronograma de três anos para conseguir lucros sustentáveis. Neste primeiro ano o objetivo é reduzir as perdas, com metas de atingir um nível de equilí­brio em 2016 e lucratividade em 2017.

«Nós não somos um banco», disse Hogan. «Precisávamos estabilizar o negócio financeiramente, fornecendo capital novo. Nós também precisávamos trabalhar com a Alitalia, seus sindicatos e seus parceiros para identificar oportunidades imediatas para reduzir os custos. Isto incluiu buscar eficiências, reestruturar a rede e os horários, e reduzir a frota de curta distância para maximizar a utilização das aeronaves. Houve resultados imediatos»…

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