A LATAM Cargo Brasil, afiliada de cargas do Grupo LATAM, revelou durante a Intermodal South América 2024 que irá compensar inicialmente mais de 5 mil toneladas de CO2 em parceria com as empresas Brix Cargo e Unicargo. Estes são os primeiros clientes do negócio de cargas do Brasil no programa “1+1: Compensar para Conservar”, que tem como objetivo compensar as emissões dos voos.
Em um compromisso de longo prazo, os clientes irão compensar 2,5 mil toneladas de CO2 na região, quantidade que se duplica para 5 mil toneladas graças à contribuição da LATAM Cargo, cobrindo assim todas as emissões geradas pelos embarques de cargas da Brix Cargo e Unicargo durante 2023. Em linha com o seu programa de sustentabilidade, o grupo LATAM garante que seus clientes cargueiros assumam a compensação de apenas 50% das suas emissões, enquanto a empresa cargueira ficará responsável por compensar a outra metade. A contribuição das empresas beneficiará projetos certificados que buscam a conservação de ecossistemas estratégicos na América do Sul.
“A Brix Cargo e a Unicargo são parceiras de longa data da LATAM Cargo. Ficamos muito contentes delas serem as primeiras empresas a compensarem as emissões dos voos em que transportamos as suas cargas. A LATAM tem o compromisso de contribuir com uma aviação que reduza ou compense suas emissões de gases de efeito estufa, com uma rede de clientes que nos ajudam nesta missão”, afirma Otávio Meneguette, diretor da LATAM Cargo Brasil.
“A Brix Cargo se orgulha de sua parceria com a LATAM no programa «1+1: Compensar para Conservar». Essa parceria com a LATAM reforça nosso compromisso com um futuro mais sustentável para o setor de transporte de cargas. Acreditamos que a neutralização de emissões é fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger o meio ambiente. Reiteramos desta forma um dos valores mais importantes de nossa empresa que é a Responsabilidade Socioambiental”, reforça Leandro Gonçalves, CEO da Brix Cargo.
«Estamos orgulhosos em anunciar nossa parceria com a LATAM para liquidação de créditos de carbono em nossos fretes, reafirmando nosso compromisso contínuo com práticas sustentáveis e responsáveis. A Unicargo atua junto aos fornecedores e, já oferece também aos clientes, solução para atenderem seu escopo 3, neutralizando os fretes realizados. Essa ação destaca nossos esforços em contribuir com o meio ambiente através da busca por soluções inovadoras para um futuro mais sustentável e consciente do meio ambiente», destaca Wanderley Soares, CEO da UNICARGO.
LATAM CARGO É PREMIADA POR ESTANDE SUSTENTÁVEL NA INTERMODAL 2024
A LATAM Cargo recebeu o prêmio de estande mais sustentável na Intermodal South América 2024 na categoria “acima de 100m²”. Alinhada à agenda de sustentabilidade do grupo LATAM, a grande maioria dos materiais utilizados pela empresa cargueira poderão ser reaproveitados em eventos futuros. Os móveis foram locados, as paredes feitas com material 100% de madeira de reflorestamento, as luzes utilizadas foram de LED, alternativa que consome menos energia, as plantas escolhidas para a decoração auxiliam a purificação de ar em ambientes fechados, todos os resíduos serão separados para uma destinação correta e os quadros feitos de lona serão transformados em materiais como bolsas e estojos.
Além de contar com toda a frota e malha aérea da LATAM Brasil, a LATAM Cargo atende atualmente 166 destinos em 33 países, sendo 18 deles exclusivos para cargas. No Brasil, atende 49 destinos e conecta o País com outros 19 no exterior. Em todo o mundo, as afiliadas de carga do grupo LATAM operam uma frota de 20 aeronaves cargueiras dos modelos Boeing 767-300F e Boeing 767-300BCF.
A ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE DA LATAM E OS DESAFIOS DA DESCARBONIZAÇÃO
A estratégia global de sustentabilidade do grupo LATAM tem compromissos para promover o desenvolvimento social, ambiental e econômico da América do Sul nos próximos 30 anos de forma colaborativa e baseada no diálogo. Todos os compromissos estão focados nos pilares de Mudanças Climáticas, Economia Circular e Valor Compartilhado, conectados com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). As quatro principais metas do Grupo LATAM são: eliminar plásticos de uso único; buscar ser uma companhia zero resíduos para aterro sanitário até 2027; reduzir ou compensar o equivalente a 50% das emissões domésticas de CO2 até 2030; e alcançar a neutralidade em emissões de carbono até 2050.
Especificamente no pilar de Mudanças Climáticas, a LATAM entende que o SAF (sigla em inglês para Combustível Sustentável de Aviação) tem um enorme potencial para impulsionar a descarbonização da aviação, junto a atuação em outras três frentes: a incorporação de novas tecnologias, como frotas mais eficientes ou sistemas que permitam a otimização da operação; mais eficiências operacionais que possibilitem a redução das emissões; e a compensação das emissões.
Nesse sentido, a LATAM tem trabalhado junto à sua cadeia de valor. A empresa tem privilegiado, por exemplo, a aquisição de aeronaves mais eficientes, que consomem de 20% a 25% menos combustível, como o Airbus A320neo e o Boeing 787, e instalou softwares e ferramentas de machine learning que otimizam procedimentos, abastecimento e trajetórias dos aviões. Também começou a testar o uso de veículos elétricos para o atendimento das aeronaves em solo no aeroporto de Confins/Belo Horizonte e apoia a ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) no redesenho de 75 rotas do Brasil, que ajudou a reduzir em 62 milhões de quilos o consumo de QAV (Querosene de Aviação) e em 196 milhões de quilos as emissões de gás carbônico entre 2020 e o primeiro trimestre de 2023. Ao mesmo tempo, na frente de compensação das emissões, a LATAM está trabalhando para identificar projetos sérios e coerentes de créditos de carbono para apoiar a manutenção de ecossistemas essenciais da América do Sul, por meio do modelo da “floresta em pé”.
Até 2030, o Grupo LATAM quer incorporar até 5% de SAF produzido na América do Sul em suas operações. Por isso, apoia desde agosto de 2023 um estudo realizado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) em parceria com a Airbus para avaliar os impactos das iniciativas para a descarbonização da aviação na América Latina. O material deve apresentar análises sobre os diferentes cenários para a implantação até 2050 do SAF, além de explorar os caminhos relacionados ao hidrogênio de baixo carbono, captura direta de ar e bioenergia com captura e armazenamento de carbono. Os resultados finais do estudo do MIT devem ser apresentados em abril de 2024.