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Marx Beltrão: «Turismo tem espaço para crescer»

Com o fim do ano, o balanço de 2016 para o Turismo é de "saldo positivo", nas palavras do ministro Marx Beltrão. Explorada principalmente pela realização dos Jogos Olí­mpicos Rio 2016, a imagem do País rodou o mundo. O desafio para 2017, agora, é "transformar o ganho de imagem em geração de emprego".

O ministério do Turismo publicou, em sua página na web, uma entrevista com Beltrão. O ministro falou sobre a importância das Olimpíadas no ano, a intenção de fazer parcerias com outras pastas e ainda o esforço para aprovar a nova Lei Geral do Turismo ainda no primeiro semestre de 2017.

Sobre o orçamento do MTur, um dos mais baixos em toda a Esplanada, Marx Beltrão garantiu que negociações no próprio governo têm gerado créditos e liberações de recursos. "O turismo é uma das atividades que dá mais retorno, mesmo com investimentos mínimos. Acredito que se conseguirmos passar as medidas que estamos trabalhando com o apoio da Casa Civil, esse problema de recursos estará sanado", disse.

Leia abaixo a íntegra da entrevista realizada pela Agência de Notícias do Turismo (ANT), do Ministério do Turismo:

Agência de Notícias do Turismo (ANT) – Qual o balanço que o senhor faz de 2016 para o Brasil? Qual a imagem que fica em um ano em que o país enfrentou turbulências polí­ticas e realizou os Jogos Olí­mpicos?

MARX BELTRÃO – Realmente este foi um ano muito intenso, mas acredito que chegamos ao final com um saldo positivo. Conseguimos enfrentar os problemas sem jogá-los para baixo do tapete. O Brasil é um país lindo, de cenários deslumbrantes e um povo muito acolhedor. Tenho certeza que avançamos e continuaremos na luta para transformar o Brasil em um dos melhores países do mundo para morar e para visitar.

ANT – Se tivesse que fazer um balanço do ano do Ministério do Turismo, quais seriam os destaques?

BELTRÃO – Sem sombra de dúvidas a realização dos Jogos Olí­mpicos e Paralí­mpicos foram o ápice do ano. A megaexposição começou meses antes, com o revezamento da tocha olí­mpica pelo Brasil. A chama visitou mais de 300 cidades brasileiras. Foi a oportunidade para nacionalizar os ganhos de imagem e promover os destinos, além do Rio de Janeiro. No Tour da Tocha, realizamos uma chamada pública para definir os cinco roteiros beneficiados com press trips, um para cada região do País.

Levamos jornalistas e blogueiros para conhecer roteiros especiais, com experiências únicas. Além das presstrips, nossa equipe de comunicação visitou 23 destinos que receberam a chama olí­mpica e produziu conteúdo multimídia para promoção dos destinos. No Rio de Janeiro, sede dos Jogos, o ministério qualificou a mão de obra local, quiosqueiros, barraqueiros, atendentes de pousadas e hostels. Investimos na melhoria do receptivo turístico e o resultado não poderia ser outro: mais de 95% dos turistas elogiaram nossa hospitalidade.

Não posso deixar de citar, ainda, a promoção do país dentro da Casa Brasil, processo capitaneado pelo MTur e Ministério da Cultura junto com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a atualização do Mapa do Turismo Brasileiro, o lançamento de cartilhas voltadas para o atendimento a públicos específicos "“ idosos, pessoas com deficiência e turista LGBT -, os investimentos em infraestrutura turística e, mais recentemente, a grande retomada das obras do PAC do Turismo.

ANT – O Brasil conseguiu aproveitar os Jogos para se promover internacionalmente?

BELTRÃO – A realização dos Jogos por si só já é uma grande ação promocional. Durante os 90 dias do revezamento da tocha pelo país e nos dias em que o Rio de Janeiro sediou a Olimpíada e a Paraolí­mpiada, a exposição espontânea do país, dos destinos, atrativos naturais, foi altamente positiva. Mostramos ao mundo que temos uma variedade de opções além do sol e mar. Temos destinos de natureza, culturais, religiosos. Agora o desafio é transformar o ganho de imagem em geração de emprego, o desejo de retorno do turista internacional em realidade, além de fazer os brasileiros conhecerem mais os destinos domésticos.

ANT – O que esperar do Turismo em 2017? Há espaço para crescer?

BELTRÃO – Ainda temos muito espaço para crescer. O Brasil é o primeiro do mundo em recursos naturais e oitavo em recursos culturais pelo Fórum Econômico Mundial. Mas para conseguir atrair mais visitantes, temos de avançar em gargalos históricos do setor. Estive com o presidente Michel Temer e conversamos sobre um pacote de medidas para destravar o setor, atraindo mais turistas e, consequentemente, gerando mais empregos e renda para o país. Ele deu carta branca para tocarmos o processo, que tem pautas importantes inclusive em parceria com outros ministérios. Vamos fazer as conversas que devem ser feitas para afinar os projetos e lançar o mais rápido possível. Acredito que, com o pacote, entraremos em uma nova fase do turismo nacional…

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