A cidade serrana de Petrópolis (RJ), terra de Santos Dumont, abriga hoje uma das mais eficientes oficinas de revisão de motores aeronáuticos do mundo. Para que a GE Celma, empresa fundada em 1951 e comprada pela GE na década de 90, atingisse esse padrão, foram necessárias diversas medidas, uma das quais encontrar fornecedores locais.
Foi assim que dez pequenas empresas da região foram capacitadas pelo Sebrae e, seis delas, se tornaram parceiras da GE Celma. Agora, parte desses pequenos negócios tem capacitação para ser um dos fornecedores globais da companhia. Essa história de sucesso será apresentada no Encadear — Fórum de Encadeamento Produtivo, dias 25 e 26 de setembro, em São Paulo.
O desenvolvimento dos pequenos negócios para atuar com grandes companhias é o trabalho dos técnicos do Programa de Encadeamento Produtivo, criado em 2013 e que já atendeu perto de 70 mil empresas em mais de 280 projetos.
Exigência — O principal desafio da subsidiária era encontrar no mercado doméstico fornecedores de ferramentas de alto desempenho para realizar operações de revisão e reparo de motores aeronáuticos.Para se ter uma ideia do nível de excelência da Celma, a unidade brasileira faz esse serviço em prazos de 15 a 20% menores que seus concorrentes o que contribui para a competitividade no mercado internacional.
O nível tecnológico dessas empresas brasileiras motivou a GE a investir, juntamente com o Sebrae, na capacitação das mesmas como fornecedoras de ferramentas para a indústria aeronáutica permitindo sua homologação para o fornecimento global. A 2ª fase da capacitação acaba no fim deste ano. No Fórum Encadear, o diretor-presidente da GE Celma, Julio Talon, irá a São Paulo falar sobre os avanços desse projeto juntamente com representantes das pequenas empresas envolvidas. “O projeto permitiu que ferramentarias locais atingissem o nível para fornecimento de ferramentas aeronáuticas de padrão global, entrando para um grupo seleto de fornecedores certificados pela GE”.