Centro de pesquisas da empresa norte-americana no país estuda formas de reduzir o consumo de combustível e nível de ruídos dos aviões; outro projeto é a reciclagem de titânio
Tecnologias desenvolvidas pela Boeing no Brasil serão aplicadas em futuras atualizações de seus produtos, como o 787 (Boeing)
Maior empresa aeroespacial da mundo, a Boeing também tem endereço no Brasil. E a fachada da empresa no mercado brasileiro não serve apenas para negociar aeronaves: a gigante dos Estados Unidos é um dos nomes presentes no polo aeronáutico de São José dos Campos (SP), onde fica o "Centro de Pesquisa & Tecnologia da Boeing no Brasil", que trabalha em cooperação com diversos parceiros locais, como a "vizinha" Embraer.
"As próximas gerações de aeronaves da Boeing já contarão com algumas das tecnologias atualmente em estudo no Brasil", diz Donna Hrinak, presidente da Boeing na região da América Latina. "Temos trabalhado em conjunto com outros centros de pesquisa da Boeing no mundo e parceiros globais a fim de desenvolver tecnologias que enderecem as novas diretrizes e certificações da aviação internacional e que, ao mesmo tempo, resultem em benefícios aos nossos parceiros comerciai".
Algumas das principais linhas de estudo da Boeing no Brasil se dedicam à redução do consumo de combustível em aeronaves comerciais e a consequente diminuição da emissão de gases de efeito estufa. A meta da fabricante é incluir tecnologias fruto das pesquisas em andamento em projetos de aeronaves atualmente em desenvolvimento, como a próxima geração do 777, ou em atualizações de modelos lançados recentemente, como o 737 MAX eu 787 Dreamliner.
"O centro de pesquisas da Boeing no Brasil já desenvolveu 16 patentes, 10 em em 2016 e seis neste ano", revelou Antonini Puppin-Macedo, diretor do Centro de Pesquisa & Tecnologia da Boeing no Brasil. "No próximo ano vamos iniciar novos projetos em parceria com a USP e a Unicamp, além de mais uma universidade dos EUA que vamos anunciar em 2018", antecipou Puppin.
Banco de dados voador
Uma das formas que a Boeing estuda para reduzir o consumo de combustível de seus próximos aviões é aperfeiçoando seus sistemas de comandos de voo. Segundo dados da Organização Internacional de Transporte Aéreo (IATA), os combustíveis respondem por até 40% dos custos das companhias aéreas brasileiras…