O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu, nesta terça-feira (07), uma liminar determinando que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Estradas Pavimentação e Obras de Terraplanagem do Ceará (Sintepav-CE), terá que manter um percentual de no mínimo 70% dos trabalhadores nas obras do Aeroporto Pinto Martins, sob pena de multas diárias de R$ 100 mil pelo descumprimento.
O Tribunal do Trabalho entende que a obra se enquadra como serviço essencial, ou seja, ficam obrigados a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao entendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
A Justiça do Trabalho entende que a greve está retardando a ampliação do Aeroporto, obra considerada de relevância social e econômica e intimamente ligada à preparação dos eventos esportivos que serão realizados em Fortaleza (Copa das Confederações e Copa do Mundo).
O Consórcio CPM Novo Fortaleza informa que está convocando os trabalhadores para retomarem as atividades e prepara um plano de contingenciamento para recuperar os dias de paralisação que afetaram a obra. Quanto às reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores, foi instaurado dissídio coletivo para deliberar sobre o reajuste salarial.
O coordenador de fiscalização do Sintepav-CE, Arquimedes Fortes, disse que será feita assembleia na quarta-feira (8) para informar aos trabalhadores sobre a decisão do TRT, «os trabalhadores é que vão decidir se voltam ou não às atividades», afirmou.
Ministro está preocupado com cronograma
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, esteve em Fortaleza na semana passada para cobrar retorno das obras do aeroporto. Ele veio ao Ceará pedir apoio político ao governador Cid Gomes para que intervenha na greve dos trabalhadores, que já compromete o cronograma dos trabalhos e, consequentemente, pode prejudicar o fluxo de turistas durante os jogos da Copa de 2014, se não forem concluídas a tempo.
Foto: Marilia Camelo