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Burocracia brasileira trava interesse de aéreas de baixo custo, diz setor

As dificuldades regulatórias impedem o interesse de companhias aéreas de baixo custo no Brasil, e os outros países da América Latina ainda são prioridade para as empresas estrangeiras do segmento.

A afirmação foi feita por Peter Cerda, vice-presidente para a região das Américas da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) neste domingo (4), em evento do setor, no México.

Cerda apontou entre as principais dificuldades enfrentadas pela indústria no país aquelas que elevam os custos, como é o caso do querosene de aviação, cuja tributação está sendo discutida em Brasília. «O Brasil é um exemplo em que a regulação pouco ortodoxa obstrui o crescimento da indústria», disse Cerda.
Segundo ele, a polí­tica para o combustível no país eleva os custos das companhias aéreas em cerca de US$ 660 milhões ao ano.

«No Brasil, as regras punem as companhias por atrasos e cancelamentos, mesmo quando eles não são causados por culpa das empresas.» Mas Cerda não se queixou apenas do Brasil. Ele também instou outros governos latino-americanos a corrigir as deficiências de infraestrutura. «Infelizmente, os governos da região impedem o crescimento sustentável com deficiências de infraestrutura crônicas», disse.

Nos cálculos da Iata, o volume de passageiros deve dobrar até 2034 e a contribuição do setor para o crescimento do PIB na região poderia passar de US$ 140 bilhões para US$ 322 bilhões.

A demanda dos passageiros tem avançado nos vizinhos do Brasil na América Latina, mas alguns aeroportos importantes permanecem incapazes de absorver tal crescimento, segundo o representante da Iata. Entre os exemplos mais preocupantes, na opinião da Iata, está o aeroporto internacional Jorge Chávez, em Lima (Peru), que tem capacidade para 10 milhões de passageiros por ano, mas atualmente movimenta 17 milhões…

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