A subida do preço do fuel vai progressivamente tirar capacidade às companhias aéreas para estimularem a procura com preços baixos, pelo que a tendência vai ser de desaceleração do crescimento, que foi de 6,9% em média nos primeiros sete meses, segundo a IATA.
A Associação das companhias aéreas acrescenta que além do factor preço do fuel, as companhias aéreas de vários países vão ver-se confrontadas com o impacto da valorização do dólar, que agravará ainda mais essa subida, já que o dólar é a moeda de referência do petróleo e do combustível de avião.
Além disso, o ‘sentimento económico’ também já não é tão generalizadamente favorável como há um ano, embora as condições económicas “permaneçam razoavelmente sólidas” devido às tensões geopolíticas em várias partes do mundo e temas específicos como Brexit, prossegue a análise da IATA que, no entanto, não aponta especificamente as medidas proteccionistas que o presidente dos Estados Unidos tem vindo a adoptar.
Apesar de ‘sombria’ nas perspectivas, a IATA também deixa a perspectiva que as companhias aéreas estão hoje mais capacitadas a gerir a capacidade consoante o ‘sentimento’ do mercado, realçando que apesar do abrandamento do crescimento, em Julho atingiram um novo recorde de taxa de ocupação, de 85,2%, em alta de 0,6 pontos percentuais, com destaque para os 89% das companhias europeias, que, assim, lideraram mais um mês em aproveitamento dos aviões…
