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Readaptação, tecnologia e estudos científicos dão base de segurança para viagens aéreas

“Voar é seguro”? Essa foi a pergunta que motivou a terceira edição do Aerotalks, bate-papo realizado nesta quarta-feira (21) pelo Salvador Bahia Airport em seu canal do YouTube. Especialistas têm demonstrado com evidências cientificas que, apesar do cenário pandêmico, com tecnologia, muito estudo e a colaboração de todos é possível voar com segurança.

“A indústria está trabalhando de forma conjunta, sempre trocando informações em busca de soluções coesas. Não existe concorrência quando se trata de segurança”, explica a diretora de comunicação da Boeing para América Latina, Ana Paula Ferreira e uma das participantes da conversa.

Entre as soluções utilizadas atualmente para garantir a segurança dos viajantes durante um voo, independentemente do período do dia ou quantidade de horas, estão os desinfetantes químicos, aspersores eletrostáticos em áreas de difícil acesso. Outro recurso importante presente na maioria das aeronaves comerciais são os filtros HEPA, que tem alta eficiência de separação de partículas de ar, o mesmo utilizado em centros cirúrgicos. Essa tecnologia elimina 99% dos microorganismos e renova a cada três minutos o ar em circulação.

Ana explica que várias pesquisas foram e ainda estão sendo realizadas, e ressalta entre elas, uma simulação computadorizada feita com intuito de entender como se comportam as partículas de ar no ambiente da aeronave. “Como conclusão, se entendeu que independentemente do local onde a pessoa esteja sentada, a possibilidade de contaminação segue sendo mínima por conta dos protocolos já seguidos”, afirma.

Por outro lado, como destacou o diretor de vendas e marketing da Latam, Diogo Elias, a segurança no voo também é um trabalho de via dupla, já que apesar de todas as ferramentas utilizadas nas aeronaves, o passageiro precisa se cuidar desde antes de entrar no avião, fazendo uso das recomendações, como o uso de máscara, mantendo as mãos higienizadas, e permanecendo assim durante todo o voo.

Desafio

Segundo o superintendente de infraestrutura da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Giovano Palma, a segurança das viagens de avião já foi demonstrada estaticamente e todos que trabalham na área já estão cientes dos protocolos a serem seguidos. “Segurança é o coração do setor, nossa principal missão” Palma ainda explica que, A ANAC tem criado e diversos materiais informativos, como manuais, webnários e treinamentos, para informar e auxiliar o setor quanto aos novos regulamentos, orientando os terminais quanto as novas normas de funcionamento.

Para o superintendente os protocolos já têm se demonstrado seguros e o maior desafio tem sido transmitir essa confiança aos passageiros. “Precisamos dar o suporte necessário para que a aviação retome, e que a gente consiga, sempre com o viés de segurança, ir aumentando nosso mercado”, apontou Palma.

Mudanças vieram pra ficar

As adaptações nos protocolos aeroviários devem servir como paradigma para uma transformação no setor. Em um futuro sem pandemia, algumas dessas mudanças feitas em razão da Covid-19 devem permanecer, principalmente no que se refere à aceleração tecnológica, segundo opina o diretor de operações do Salvador, Antônio Mendes. Para ele, será um fenômeno equivalente ao 11 de setembro, que alterou para sempre os protocolos de segurança da aviação.

“O maior aprendizado da pandemia foi que o setor de infraestrutura precisa ter uma capacidade de resposta rápida, não podemos perder muito tempo, temos que nos adaptar à nova realidade, sob a pena de termos problemas muito graves”, destacou Mendes.

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