INDUSTRIA AERONÁUTICA

Rotas regionais garantem rentabilidade crescente às empresas aéreas no Brasil

Manter a operação focada nas linhas de maior rentabilidade "” em que a alta demanda garante elevadas taxas de ocupação "” vem exigindo das empresas aéreas brasileiras uma gestão da malha de voos mais precisa. A procura por linhas regionais vem garantindo rentabilidade em diversas regiões do país, afirmam executivos do setor, levando a substituição de rotas para cidades como Brasília.

A partir do mês que vem, a Azul terá 13 novas rotas nesse segmento, enquanto a Gol já avalia rever sua estratégia de manter uma frota padronizada, composta por aviões Boeing, que poderia limitar a atuação na aviação regional. A TAM aposta com força na parceria com a Passaredo, chegando a mais nove destinos no país, como Araguaína (TO) e Sinop (MT).

"” O interior do Brasil tem crescido mais que as capitais. No momento, a fórmula da Gol de ter uma frota única é acertada. Mas não significa que não possamos ver outros aviões para voar para outros destinos. Primeiro, precisamos avaliar para quais podemos operar com nossos aviões "” conta Alberto Fajerman, diretor de Relações Institucionais e Alianças da companhia.

A gestão da malha já demonstra o interesse da Gol no regional. Este ano, a companhia iniciou operações em Ribeirão Preto (SP), Juiz de Fora (MG), além de ter ampliado a oferta de voos em Carajás e Altamira, no Pará, e em Manaus.

Os grandes movimentos no segmento, porém, vão depender da liberação dos recursos previstos no Programa para o Desenvolvimento da Aviação Regional, que concederá subsídios às companhias. Esses recursos virão do Fundo Nacional de Aviação Civil, alimentado pelas outorgas dos aeroportos concedidos à iniciativa privada.

"” Investimos onde a proposta de mercado é mais competitiva, oferecendo melhores produtividade e serviço, com a melhor relação custo benefício "” explica Antonoaldo Neves, presidente da Azul…

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