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Reforma do aeroporto de Porto Alegre é a mais atrasada entre os terminais da Copa

Dentre todas as obras em terminais de passageiros previstas para a Copa de 2014 no país, a reforma e ampliação em Porto Alegre é a mais atrasada. Nos outros 12 aeroportos que receberão investimentos, há obras "” ou, pelo menos, licitações. A Infraero ainda trabalha no projeto de engenharia do Terminal 1 gaúcho. A demora no início da obra aperta o cronograma para conclusão do projeto, que prevê um aumento dos atuais 37,6 mil metros quadrados para 60,3 mil metros quadrados na área de passageiros. Isso elevaria a capacidade de 15,4 milhões de usuários por ano para quase 19 milhões.

Aeropuerto Porto Alegre

A nova promessa da Infraero é de que a licitação será lançada, finalmente, em maio. Assim, uma previsão otimista do órgão federal aponta o início da obra para junho, e a conclusão em maio de 2014 "” a um mês do início da Copa. Seriam apenas 11 meses para terminar uma obra à qual, até fevereiro, a própria Infraero avaliava exigir trabalhos por 14 meses. A justificativa da responsável pelos aeroportos do Brasil para a demora na conclusão do projeto "” e lançamento da licitação para contratar a empresa que vai tocar a obra "“ envolve a complexidade do plano. A ampliação terá de ser executada sem interferir nas operações do Salgado Filho.

A assessoria de imprensa do órgão afirmou que não concederá entrevista detalhando os problemas na reforma. Secretário estadual de Esporte e coordenador – geral do Comitê Gestor da Copa 2014 no Estado, Kalil Sehbe diz estar apreensivo em relação aos prazos para conclusão da primeira fase do terminal. Mas concorda com o argumento da Infraero de que as tecnologias construtivas atuais podem acelerar a obra e garantir a conclusão do trabalho no período estimado.

"“ Há lentidão por parte da Infraero, mas temos a nossa maior aliada, a presidente Dilma, que, pelo que estou sabendo, já andou chamando a atenção do pessoal "“ afirmou. Aeroport o opera acima da capacidade Fora da esfera dos governos, a preocupação é ainda maior. Para o 1º vice – presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, a redução no prazo para conclu são é mais um sinal de que o cronograma está ameaçado. "” O normal, quando se fala no setor público, é que atrase obra, não que se antecipe. Queremos o cronograma atendido, e isso parece cada vez mais difícil "” lamentou.

Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Rio Grande do Sul (Abav-RS), Rita Vasconcelos ressalta a importância da reforma para oferecer mais conforto e a agilidade no serviço oferecido aos passageiros. "” Essa é uma preocupação nossa não só para a Copa do Mundo. A demanda do aeroporto já é muito maior do que a projetada nos tempos atuais.

Hoje em dia, não se tem nem onde colocar um ônibus para acomodar os turistas "” reclama. O estrangulamento da capacidade de atendimento do Salgado Filho preocupa o diretor de segurança e operações de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins: "” Três aeroportos hoje trabalham acima da capacidade em seus terminais no Brasil: Santos – Dumont (Rio), Confins (Belo Horizonte) e o de Porto Alegre. Apesar de termos uma demanda em queda, ainda estamos crescendo acima da média mundial. Nós todos esperamos essa obra, que dará fôlego até 2020.

Fuente: Zero Horas / SNEA.

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