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Terrorismo: 71,4% das empresas não mudaram suas políticas de viagens

A BTC – Business Travel Coalition, grupo de organizações, empresas e profissionais que advoga causas em defesa do mercado global de viagens de negócios, divulgou hoje resultados de uma pesquisa realizada domingo (dia 4) e ontem (dia 5) com 63 TMC"™s e travel managers de 8 países, para saber se eles estavam introduzindo mudanças nos programas de viagens de seus empregados, e quais, em função das últimas ameaças terroristas por parte da al Qaeda, amplamente divulgadas pelo governo norte-americano. De fato, no último final de semana o Departamento de Estado dos EUA anunciou o fechamento temporário, por motivos de segurança, de 19 repartições diplomáticas em várias cidades do Oriente Médio e Norte da África – com ênfase em alguns países, como o Iemen.

Nenhuma das participantes ouvidas estava planejando mudanças em suas polí­ticas relacionadas a viagens em seus países de origem e nenhuma estava banindo as viagens internacionais. 71,4% das organizações ou empresas ouvidas na pesquisa disseram que não estavam alterando sua polí­tica em relação as viagens internacionais, mas outras 28,6% estavam alterando temporariamente suas polí­ticas de curto prazo relacionadas a viagens internacionais e apenas 10% das participantes estavam fazendo ajustes em viagens relacionadas a eventos, principalmente os relacionados às regiões ameaçadas (Oriente Médio e Norte da África).

Entre as mudanças introduzidas em viagens internacionais estavam (a) o banimento temporário das viagens aos países em que as embaixadas dos EUA foram fechadas; (b) uma revisão mandatória de todos os planos de viagens para encontrar alternativas às viagens; e (c) um processo de aprovação de viagens em nível hierárquico mais elevado.
Os departamentos de administração de viagens das empresas também estavam aumentando a frequência dos alertas de viagens, revendo os planos de contingenciamento em crises e  eforçando a comunicação sobre a relação da compliance da polí­tica de viagem e a segurança do viajante – em tempo de crise os gestores de viagens precisam saber permanentemente onde seus viajantes se encontram, para poder se comunicar com eles de forma eficiente.

N.R.: se o objetivo da al Qaeda for o de periodicamente provocar a insegurança em seus "inimigos ocidentai" e com isso desestabilizar atividades globais, como o comércio e as viagens entre países, ela está conseguindo obter muito sucesso.
Interessante registrar que essas ameaças ocorrem em período em que o governo dos EUA enfrenta severas críticas mundiais por seus métodos de invasão de privacidade em meios de  omunicação (segundo os EUA, as comunicações seriam apenas registradas e nunca ouvidas ou gravadas, mas ninguém acredita nisso), críticas essas que teoricamente "perderiam força", exatamente pelo uso desses mesmos métodos para a "descoberta das ameaças terrorista".

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